domingo, 22 de agosto de 2010

It's Real, It's a Dream

Era uma noite fria e escura de inverno. A garota vagava sozinha na viela. Ela sentia o amor pairando no ar. Ou aquilo era desejo? Ela estava realmente sozinha? Seus olhos castanhos estavam alertas, e pânico donimava seu corpo miudo. Ela deveria correr? Ela deveria gritar?
“Estou provavelmente um pouquinho louca. Não tem nada aqui. Estou segura.” pensava a garota. O silencioso som de um gato miando. Os pelos de seu corpo se arrepiam: ela está sendo observada.
“Por quem?”ela se pergunta “Como me sinto assim?”. De repente ela vê olhos verdes. Eram os olhos de ninguem, não havia corpo, não havia pessoa. Ou havia? Havia esperança, afinal? “Acho que não”.
Um sentimento estranho a fez cair. Era como se alguem...lesse sua mente? Não, era algo mais forte. Controle total sobre seu corpo. Ela desmaiou.
Aquela névoa, o que era aquilo? E as arvores, de onde vieram? Não havia paredes ao seu redor? Sim, as paredes do pequeno beco da escura e suja Londres. Mas agora não. Agora havia vegetação. Haviam corvos, tambem. Ela estava delirando ou era real?
De repente, apareceu um garoto, um lindo garoto. Seu cabelo negro quase tocava a testa dela, os profundos olhos verdes encaravam seu pescoço, seus braços musculosos a seguravam grudada no chão. Sua face pálida e perfeita se contorcia em uma expressão de fúria. Uma vez mais, ela sentiu a estranha paixão no ar. O que era maior, seu terror ou sua vontade de beijá-lo? Ela via aqueles lindos lábios entreabertos e cobertos por seu sangue, mas não conseguia sentir nenhuma raiva dele.
Ele atacou, e ela sentiu os caninos pontiagudos perfurando sua pele, procurando pele sangue carmim que corria em suas veias. A dor era intensa, mas a garota não reclamava. Entretanto, como poderia? O homem de seus sonhos, o par perfeito, a pessoa com quem gostaria de passar todos os dias de sua vida.
“Eu te amo”, sussurrou ela para seu assassino, que parou por um momento de sugar de seu pescoço, e selou seus lábios aos dela. A bem-vinda inconsciência chegou logo, trazendo consigo os doces sonhos e pensamentos sobre aquele delicioso beijo da morte.
A brilhante luz do sol queimou seus olhos. “Foi só um sonho”, resmungou ela. “Por que diabos eu tinha que acordar?”. A luz do sol queimava seu corpo, tambem. A dor excomunal que ela sentia onde o sol encontrava sua pele era bizarra. Era como se alguem ateasse fogo na casa e a deixasse lá dentro. Ela gritou em pânico, seus cabelos louros e curtos estavam se espalhando sobre o rosto. Ela ficou de pé em uma fração de segundo. Sentia sede. O que era aquela sede? Era como se houvesse uma pimenta presa em sua garganta.
Fechou as cortinas e saiu em busca de água. Tomou um copo completamente cheio de água. Não adiantou. Havia um taça com liquido vermelho sobre a mesa. Suco de morangos. Por que razão aquilo parecia tão apelativo no momento?


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oldie. acho que algumas pessoas já leram esse texto. beijos.

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